Doença: Câncer De Bexiga

CÂNCER DE BEXIGA

O câncer de bexiga é um câncer urológico comum e o que tem a mais alta taxa de recorrência, por isso os pacientes com esse diagnostico precisam ter um segmento rigoroso. O tipo mais comum é o carcinoma de células transicionais, outros tipos incluem carcinoma de células escamosas e adenocarcinomas.

O câncer de bexiga é o 4º tumor mais comum em homens (depois de próstata, pulmão e câncer colorretal) e o 9º em mulheres. A maior incidência é observada entre fumantes e profissionais da indústria química, de tintas, metais e borracha e em pessoas que realizaram radioterapia pélvica. Entre 75% e 85% desses pacientes apresentam carcinoma de células transicionais confinado à mucosa superficial da bexiga, considerado uma lesão superficial e de mais fácil tratamento. Este tipo de câncer evolui com recorrências em mais de 50% dos pacientes, tornando imprescindível o acompanhamento à longo prazo.

As manifestações clínicas do câncer de bexiga são hematúria macroscópica indolor, ocorre em cerca de 80-90% dos pacientes; essa é a apresentação clássica. Sintomas urinários irritativos (por exemplo, disúria, urgência, aumento da frequência de micção) também ocorrem. Dor pélvica ou óssea, edema de membros inferiores, dor no flanco ocorre em torno de 20-30% dos pacientes. Esses achados caracterizam doença avançada e muitas vezes com massa palpável no exame físico.

Os principais exames incluem, urinálise com microscopia, cultura de urina para descartar infecção, citologia urinária. O antígeno tumoral da bexiga, um exame de urina que é um marcador de neoplasia vesical tem utilização pouco frequente no nosso meio.

São importantes também imagem com ultrassonografia renal e vias urinarias, mas a urotomografia ou urorressonâcia deverá ser realizada mesmo com ultrassonografia normal, pois esses dois últimos são mais sensíveis e específicos para detecção dessas lesões.

Cistoscopia com biopsia de lesão da bexiga também deverá ser rotineiramente realizada. Esse exame deverá ser feito mesmo se o paciente apresentar somente hematúria para descartar pequenas lesões que não podem ser detectadas em exame de imagem.

O tratamento do câncer da bexiga não músculo-invasiva começa com ressecção transuretral de tumor da bexiga. Pode ser necessário nova ressecção após 4 a 8 semanas e uso de medicações especificas como onco-BCG de aplicação intravesical.

O tratamento do câncer da bexiga músculo invasivo necessita de retirada da bexiga (cistectomia radical) e reconstrução com segmento do intestino.

A quimioterapia geralmente fica reservada para os casos avançados selecionados.

No segmento após ressecção transuretral, o acompanhamento deve ser feito com cistoscopia a cada três meses no primeiro ano, semestral no segundo ano e anual a partir do terceiro ano, com biópsia de áreas suspeitas e citologia da urina.

Após cistectomia radical, o seguimento é trimestral no primeiro ano, a cada quatro meses no segundo ano, semestral no terceiro ano e anualmente a partir do quarto ano.

Também deveram ser realizados exames padrões de imagem e laboratoriais comuns a todos os pacientes após tratamento de câncer.

Fonte: Emedicine.com e Manual da Sociedade Brasileira de Urologia

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